Sem dormir, ele é capaz de ficar ali em cima da cama, com as patas por baixo do corpo na posição que lhe parece a ele mais confortável e olha pela janela o dia que vai lá fora. Não se aborrece. Às vezes é por pouco tempo, até o sono chegar mas outras permanece com o olhar para lá do vidro. Pisca os olhos e excepto isso fica imóvel como se estivesse submerso em qualquer coisa que não se consegue ver mas que está ali. Bem, é claro que se vêem prédios e carros e coisas minúsculas caminhando mas isso está ali sempre, não preciso de olhar para saber que lá estão. E não olho. O que me interessa é o gato. O meu gato, olha, olha neste momento enquanto eu escrevo. Está ali sobre a cama e eu tenho a sensação que ele está a pensar em alguma coisa. E sei que é uma daquelas coisas que eu nunca saberei.
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