Dificilmente me vêm pagar 30 euros ou mais para ir passar duas horas num concerto a ouvir uma banda tentar reproduzir as músicas que gravou em condições óptimas nos seus álbuns. Mesmo quando gosto muitíssimo de uma banda já sei que não vou ficar todo entretido só porque os estou a ver ao vivo. Não sei explicar porquê mas nunca me entusiasmou demasiado a ideia de estar perante alguém que admiro só pela experiência de partilhar o tempo e o espaço como se isso em si fosse uma experiência. Parece-me que só depois de alguma lubrificação desnecessária é que isso se pode tornar dentro da nossa consciência algo estimulante.
Detesto alinhar nos programas fáceis do costume e andar no meio de toda a gente. Se entro num sítio onde toda a gente parece ter-se lembrado de que seria boa ideia aparecer sinto-me perdido. Não aprecio nada a sensação que é estar a fazer um esforço por me divertir no meio de muito barulho e confusão de gente. A minha atenção deixa-se apanhar por coisas pequenas que se enfiam dentro da minha cabeça e mais cedo estou desagradado do que fico convencido de estar no lugar certo. A música para mim raramente consegue ser mais que uma experiência intíma e se a partilho normalmente não estou a deixar a minha esfera de relações pessoais, a não ser que a bebida me torne o gajo no meio da multidão e aí não interessa nada desta conversa, sou mais um, bêbado, imbecil e alegre demais.
Isto a propósito do concerto dos My Chemical Romance a que vou comparecer esta noite. Não comprei os bilhetes, ganhei-os num passatempo e só tive que mandar um e-mail. Gosto de ganhar coisas que não faria muito por tê-las mas que há quem pague bem por elas, sinto que não estou a esgotar nenhuma outra opção e isso para mim é importante quando posso aproveitar o tempo como quero.
Gosto desta banda. Têm um videoclip (e música) que quanto a mim é das coisas mais belas que já vi (I Don't Love You) e além disso têm um estilo muito apropriado para as minhas qualidades efémeras de adolescente quase acabado - conseguem realmente fazer-me sentir resquícios de coisas que cada vez mais sinto só com muito esforço. Não vou dizer que é uma das bandas que mais me apetece apanhar ao vivo mas pelo menos o facto de irem tocar perante a plateia possível no coliseu dos recreios já me anima bastante - detesto concertos em festivais e pavilhões brutamontes. Quando era puto ía para os Limp Bizkit e fodia essa pessoal das moches ao pontapé e murro e até achava piada aproveitar o meu tamanho para abusar de alguém que não podia comigo mas estranhamente essa foi uma fase que morreu depressa. Agora gosto de gostar do que estou a ver e a ouvir e detesto ter que me esforçar. Se pago deixo a quem recebe a obrigação de me convencer que devia realmente estar a divertir-me.
Detesto alinhar nos programas fáceis do costume e andar no meio de toda a gente. Se entro num sítio onde toda a gente parece ter-se lembrado de que seria boa ideia aparecer sinto-me perdido. Não aprecio nada a sensação que é estar a fazer um esforço por me divertir no meio de muito barulho e confusão de gente. A minha atenção deixa-se apanhar por coisas pequenas que se enfiam dentro da minha cabeça e mais cedo estou desagradado do que fico convencido de estar no lugar certo. A música para mim raramente consegue ser mais que uma experiência intíma e se a partilho normalmente não estou a deixar a minha esfera de relações pessoais, a não ser que a bebida me torne o gajo no meio da multidão e aí não interessa nada desta conversa, sou mais um, bêbado, imbecil e alegre demais.
Isto a propósito do concerto dos My Chemical Romance a que vou comparecer esta noite. Não comprei os bilhetes, ganhei-os num passatempo e só tive que mandar um e-mail. Gosto de ganhar coisas que não faria muito por tê-las mas que há quem pague bem por elas, sinto que não estou a esgotar nenhuma outra opção e isso para mim é importante quando posso aproveitar o tempo como quero.
Gosto desta banda. Têm um videoclip (e música) que quanto a mim é das coisas mais belas que já vi (I Don't Love You) e além disso têm um estilo muito apropriado para as minhas qualidades efémeras de adolescente quase acabado - conseguem realmente fazer-me sentir resquícios de coisas que cada vez mais sinto só com muito esforço. Não vou dizer que é uma das bandas que mais me apetece apanhar ao vivo mas pelo menos o facto de irem tocar perante a plateia possível no coliseu dos recreios já me anima bastante - detesto concertos em festivais e pavilhões brutamontes. Quando era puto ía para os Limp Bizkit e fodia essa pessoal das moches ao pontapé e murro e até achava piada aproveitar o meu tamanho para abusar de alguém que não podia comigo mas estranhamente essa foi uma fase que morreu depressa. Agora gosto de gostar do que estou a ver e a ouvir e detesto ter que me esforçar. Se pago deixo a quem recebe a obrigação de me convencer que devia realmente estar a divertir-me.
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