quinta-feira, março 22, 2007

Vozes sem eco


O desalento pega-se aos sapatos
e não deixa sair do lugar.
No sítio onde niguém ouve, ninguém sente,
a gente apenas se torna prolongamento de parede,
quase de vidro,
quase penetrável e tão transparente que não agarra.
Nunca volta para trás.
Não há eco de mim.

- Rita Jardim

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