domingo, agosto 20, 2006

Paranóico amante



A ti amor não te posso trair, e traio
não posso deixar-te, mas deixo
para me rasgar e me embrulhar
no sufoco da ruptura emocional

Chego-me ao canto, imploro silêncio
e espero que acabem os pensamentos
mas regresso ao espelho e deixo-me lá
feito imbecil, sentindo a luz definir-me

Para revelar a minha única cara
onde todos os traços me mostram
que nos sonhos eu não me pareço
comigo em nada.

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