
Foi custar morte da alma
Ao poeta sem charme
Que queimou no fulgor
Da sua propria chama...
Foi tentando as palavras certas
Com desejo de agradar
Mas o que ele queria era pegar
As nuvens e as recortar
Em formas ternas para as levar
Como a chuva da dor... Que sentia
Ao ver longe de si o seu amor...
E contou as suas lágrimas
E fez delas xarope
Que dava e curava
Os pobres de alma
Foi-se e ninguém o soube
Porque nessa manha
Os sinos foram dobrar
Pelo triste casamento
Que havia a celebrar
Entre um tolo e aquela
Que fez dele tolo por amar
Poeta triste que se foi
Sem ninguém o lamentar
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